Esses integrantes da campanha avaliam que, para obter algum crescimento nas pesquisas de intenção de voto, será necessário expôr de maneira muito mais dura a gravidade de um segundo turno sem o tucano.
Alckmin já vem falando do risco de o radicalismo e o populismo prosperarem, seja o de direita, com Jair Bolsonaro (PSL), seja o de esquerda, com o PT de Fernando Haddad.
O tucano chegou a mencionar o risco de o Brasil caminhar na direção da Venezuela. Mas, mesmo nessas circunstâncias, resiste a citar nomes. Seus colaboradores avaliam que ele é excessivamente cauteloso e de nada adiantará algumas peças mais agressivas no horário eleitoral gratuito se o próprio candidato não assumir a dianteira.
Auxiliares de Alckmin concordam que é preciso adotar discurso mais certeiro e claro. Observam, contudo, que o tucano rechaça sugestões de ser mais enfático ou mesmo alarmista. Prefere o tom que lhe é característico.
Rodadas de reuniões desde a divulgação de pesquisas da semana passada como o Datafolha, que mostrou oscilação negativa do candidato do PSDB, deixaram a equipe preocupada.
Concluiu-se que Bolsonaro ainda deve ser o principal alvo por estar com ele o voto mais passível de migrar para Alckmin. A identificação do eleitor de Haddad com o tucano é considerada mais inviável de ocorrer.
Tucanos se disseram embasbacados com o efeito que a defesa do voto útil parece ter surtido. Com receio do retorno do PT, eleitores conservadores que flertavam com candidaturas de Alckmin, João Amôedo (Novo), Henrique Meirelles (MDB) e Alvaro Dias (Podemos) passaram a declarar apoio ao próprio Bolsonaro, considerado mais competitivo. Com informações da Folhapress.
Postar um comentário