Internacional
Romance entre detento e agente penitenciária que o ajudou a fugir acaba em captura e morte nos EUA
A polícia dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (9) a detenção, no estado de Indiana, de um preso “extremamente perigoso” e a morte da agente penitenciária que o ajudou a fugir de uma prisão no Alabama, no sul do país.
As autoridades do condado de Vanderburgh confirmaram à AFP que estão “investigando a morte da agente Vicky White”.
A ex-funcionária do sistema penitenciário morreu às 19h (21h de Brasília), e uma autópsia está programada para a tarde desta terça-feira.
Vicky White e Casey White, que estariam em um relacionamento, foram interceptados pela polícia após dez dias de perseguição que atraiu a atenção da mídia americana.
O casal estava em um veículo na localidade de Evansville, no coração do centro-oeste dos Estados Unidos, quando a polícia começou a perseguir os dois, afirmou o xerife Rick Singleton.
A mulher “atirou contra si e ficou gravemente ferida”, disse o xerife do condado de Vanderburgh, Dave Wedding, à CNN.
“Durante a perseguição, o veículo sofreu um acidente e Casey White se entregou”, informou Singleton horas antes.
O casal, que viajou por centenas de quilômetros, passou por pelo menos quatro estados. Vicky White, de 56 anos, e Casey White, de 38 anos, têm o mesmo sobrenome, mas não são parentes.
As autoridades afirmaram que os dois mantinham uma relação sentimental, o que fascinou os americanos. A fuga, que parece um roteiro de filme, ocorreu em 29 de abril, dia em que a agente parou de trabalhar para se aposentar.
Um vídeo mostra a funcionária escoltando o detento, com pés e mãos amarrados, até uma viatura policial. Ele foi retirado da prisão para uma suposta avaliação psicológica em um tribunal.
A mulher, descrita pelo promotor do condado como “a pessoa mais confiável da prisão”, o transferiu para outro veículo em um estacionamento de um shopping center próximo.
Os investigadores descobriram que Vicky White tinha vendido sua casa semanas antes da fuga e sacado 90 mil dólares em dinheiro em vários bancos.
A história dos fugitivos atraiu o interesse do público americano devido ao enorme contraste entre os dois: ela, uma agente penitenciária com uma trajetória profissional exemplar, e ele, um delinquente reincidente com mais de 2 metros de altura.
Casey foi condenado a 75 anos de prisão por uma longa série de crimes e também é acusado de assassinato após ter confessado que matou uma mulher de 58 anos em 2015.
Foto: REUTERS